Como estamos tratando da história do povo hebreu, desde seus primórdios, conforme o que é relatado na bíblia, a partir de agora, nossa atenção volta-se para os descendentes de Abraão, aqueles que continuaram a saga iniciada em Gn 12.1, com o chamado de Abraão.
O patriarca, antes de morrer, sente a necessidade de escolher uma companheira para seu filho. Dentre aquelas da sua parentela. Era costume escolher uma esposa da mesma tribo ou mais ou menos aparentada. Entre os hebreus esta prática era admitida como meio de preservação da contaminação religiosa.
Abraão manda a seu servo mais antigo, que vá a sua parentela, rumo a mesopotâmia, para a cidade de Naor. Em lá chegando, o servo encontra uma jovem, Raquel, filha de Betuel, filho de Milca, mãe de Naor (Gn 25.20) e imediatamente celebra o acordo nupcial em favor de seu senhor, unindo Isaque e Raquel.
Desta união nasceram os gêmeos, Esaú e Jacó, que já, desde o ventre materno, brigavam entre si. Ambos crescem, sendo Esaú perito em caça e Jacó, homem pacato, habitava m tendas.
Pela linha sucessória, Esaú seria o herdeiro direto de Isaque, mas os fatos ocorridos após Gn 25.27, mudam todo o processo. Numa tática que lhe garantiria o nome de enganador, Jacó compra o direito de primogenitura[1] do irmão pelo preço de um prato de lentilhas.
([1] O primogênito ou filho mais velho, tinha o privilégio da primazia após a morte do pai e uma porção dobrada da herança familiar)
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