Por: Thomas Lieth e Norbert Lieth
As enciclopédias descrevem o fundamentalismo como a atitude de um grupo de pessoas dentro de uma religião ou de um movimento político que dizem basear-se num conjunto próprio de diretrizes tradicionais (fundamentos), defendendo-as de forma absoluta.
O que importa é qual o fundamento usado e a intensidade da influência que ele tem sobre a sociedade. Um fundamento radical e totalitário, por exemplo, terá conseqüências correspondentes.
Quando ouvimos a palavra “fundamentalista”, normalmente pensamos logo em fanáticos religiosos de diversas tendências. Atualmente, com certeza, a primeira lembrança é dirigida aos muçulmanos radicais. Mas também cristãos e judeus que ainda vivem conforme suas crenças são rapidamente estigmatizados como fundamentalistas. Antigamente era um elogio possuir um fundamento, algo em que se cria e que determinava a vida, mas hoje essa palavra tem uma conotação exclusivamente negativa. Parece que somente na construção civil ainda se pode usar a expressão “fundamento firme” sem ser imediatamente reprovado.
Analisemos de forma objetiva o que significa ser fundamentalista e qual é a base que o sustenta. Vamos nos limitar às três religiões monoteístas (que crêem em um só Deus): judaísmo, cristianismo e islamismo.
O fundamentalista judeu
O fundamento do judeu que crê é o Antigo Testamento. Além dele, são consideradas fundamentais também outras literaturas antigas, como o Talmude, que contém explicações e interpretações rabínicas. Esse tipo de literatura especial também pode ser encontrado – sem entrar no mérito da questão – no cristianismo e no islamismo.
Será que judeus radicais, que recorrem à violência, podem ao menos invocar o Antigo Testamento como seu fundamento? Não! Essa resposta pode soar surpreendente, afinal, o Antigo Testamento está repleto de relatos de guerras e do extermínio de nações inteiras. Mas esses trechos e acontecimentos devem ser considerados em seu contexto, levando em conta quem está agindo e por que o faz.
Por exemplo, os povos de Canaã foram julgados por Deus quando não havia mais possibilidade de purificação para eles e seus pecados teriam se difundido ainda mais. O Senhor não os expôs à destruição simplesmente porque queria, mas somente depois de ter esperado durante séculos. O povo de Abraão recebeu a promessa de que entraria na Terra Prometida apenas 400 anos mais tarde, isto é, quatro gerações depois de Abraão. O motivo era este: “...porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus” (Gn 15.16). Os povos cananeus cometiam os piores pecados (incesto, sacrifício de crianças, ocultismo, espiritismo, homossexualismo, sodomia, cf. Lv 18, especialmente o v. 24), mas ainda assim Deus adiou o juízo sobre eles. Esta é uma prova impressionante da paciência de Deus. Ao mesmo tempo, entretanto, o cumprimento da aliança com Israel também era adiado.
O povo de Nínive, sobre cuja cidade tinha sido profetizado o juízo por um motivo semelhante: “...porque a sua malícia subiu até mim” (Jn 1.2), também é uma demonstração clara de que a paciência do Onipotente permite que a graça prevaleça sobre a justiça. Mas quando o rei e o povo de Nínive se arrependeram de coração ao ouvirem a mensagem de Jonas, toda aquela geração foi poupada e o juízo foi adiado por cerca de cem anos. Jonas testemunha, então: “Pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal” (Jn 4.2). O Senhor confirmou isso com as seguintes palavras: “E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” (Jn 4.11).
Quando não há mais possibilidade de arrependimento dos pecados e quando estes atingem sua medida máxima, o Senhor tem de fazer valer Seu juízo. Os israelitas se transformaram em instrumentos do juízo de Deus quando o Senhor lhes entregou a Terra Prometida. Mas o motivo real de Israel ter recebido a terra de Canaã era para que por meio desse povo e nessa terra nascesse o Salvador de todos os povos. Isso se cumpriu aproximadamente dois milênios mais tarde em Belém, com o nascimento de Jesus (Mq 5.2).
Israel nunca teve permissão para agir de forma independente e impulsiva, mas somente com base nas ordens de Deus. O Senhor convocou os israelitas a concederem o direito devido também aos estrangeiros que vivessem em seu meio, não oprimindo, mas recebendo-os e amando-os: “Também não oprimirás o forasteiro; pois vós conheceis o coração do forasteiro, visto que fostes forasteiros na terra do Egito” (Êx 23.9, cf. também Êx 22.21). O mesmo se aplicava ao comportamento em relação às viúvas e aos órfãos (Êx 22.22-23). Quando os estrangeiros na terra de Israel se submetiam à Palavra de Deus e também festejavam a páscoa, os israelitas deveriam considerá-los como nativos (Êx 12.48).
Quando o rei Salomão inaugurou o primeiro templo e o dedicou a Deus em oração, uma das suas grandes preocupações era que o Eterno de Israel também ouvisse o estrangeiro (1 Rs 8.41-43).
No reino futuro sob o governo de Jesus como Rei de Israel os estrangeiros ocuparão uma posição importante em meio aos israelitas (Ez 47.21-23).
Os israelitas deveriam mostrar amor até mesmo aos seus inimigos, demonstrando sua disposição em ajudá-los: “Se vires prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo” (Êx 23.5; cf. também o v.4; Dt 22.1).
Os israelitas não são chamados a empreender uma “guerra santa” contra as nações, pelo contrário, a buscar a paz: “Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la” (Sl 34.14).
“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7).
Quando os israelitas estavam no cativeiro babilônico, não foram convocados a fazer manifestações, rebeliões ou até mesmo atentados terroristas. Pelo contrário: em meio a um ambiente de inimizade contra Deus, eles foram chamados para buscar a paz: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7).
Em relação às mulheres, a Bíblia, por um lado, acentua a ordem da criação: assim como o governo está acima do povo, os agentes da ordem estão acima dos cidadãos, os sacerdotes acima da comunidade e o empregador acima do empregado, o homem é o cabeça da mulher e os pais são autoridade sobre os filhos. Mas isso não significa – o que também é claramente ensinado pela Bíblia – que a mulher seja menos importante ou que o homem pode dominá-la a seu bel-prazer. Trata-se simplesmente de uma ordem, sendo que todas as pessoas são iguais perante Deus. Por exemplo, o Senhor usou Ana, Débora e Abigail de forma maravilhosa e lhes entregou até mesmo mensagens proféticas. Na história de amor de Rute vemos o israelita Boaz, que praticava a Palavra de Deus: ficamos emocionados pela forma como ele lidou com a estrangeira Rute, cuidando, amparando, amando e, depois, até casando com ela. Mas o Senhor também providenciou que a israelita Noemi, que tinha vivido muitos anos em terra estranha, recuperasse a herança de seus pais na ocasião de sua volta. Esses exemplos demonstram os propósitos amorosos de Deus para com as pessoas e como Ele considera importante que Seu povo O respeite e aja de acordo com eles.
No Novo Testamento esse tema é ampliado, por exemplo, através das seguintes palavras: “Nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher” (1 Co 11.11).
“Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16). Aparentemente, o fundamento da Palavra de Deus, sobre o qual Israel se baseia há milênios, foi o motivo pelo qual os judeus se adaptaram à Diáspora (Dispersão) e se submeteram aos governos dos países para onde foram. Eles não pregaram o ódio nas sinagogas e não incentivaram a violência. O fundamento da Sagrada Escritura também foi o motivo pelo qual suportaram perseguições totalmente injustificadas e praticamente não se defenderam. E o fundamento da Torá é também o motivo pelo qual Israel está sempre entre os primeiros a tomarem alguma iniciativa quando há catástrofes naturais e necessidade de ajuda humanitária em muitas partes do mundo.
O Salmo 137.8-9 é constantemente usado para mostrar que a Bíblia glorifica a violência: “Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago do mal que nos fizeste. Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra”. O assassinato brutal das crianças era um método usual que os conquistadores daquela época usavam para garantir que a geração seguinte do inimigo vencido não se vingasse (veja, por exemplo, 2 Reis 8.12-13). Os versículos do Salmo 137 indicam que os babilônios já tinham assassinado muitas crianças israelitas dessa forma. O salmista não está reagindo de forma emotiva ou impulsiva, mas de acordo com o princípio do “olho por olho...”. Trata-se de estabelecer uma proporção justa entre o crime e a punição. Uma má ação requer uma punição correspondentemente justa. Não se tratava de exercer o ódio de forma irrefletida, mas de punir de forma muito ponderada. Mas o Senhor também podia impedir o juízo quando havia arrependimento: basta lembrar de Nínive ou de Nabucodonosor (Dn 4).
Judeu nenhum tem justificação bíblica para o uso da violência. Ou seja: um judeu radical e defensor da violência não pode nem mesmo ser chamado de fundamentalista, pois ele não tem como se reportar ao seu fundamento – o Antigo Testamento. Um judeu fundamentalista é, pelo contrário, um judeu que pratica sua fé e em decorrência disso não usa a violência.
O fundamentalista cristão
O fundamento do cristão é a Bíblia, especialmente o Novo Testamento. Para um cristão que crê na Bíblia, na verdade, o Antigo e o Novo Testamento formam uma unidade. Não vamos, porém, aprofundar-nos neste assunto agora. O Novo Testamento – que diferencia o judeu do cristão – prega o amor e a paz como nenhum outro livro; até mesmo o maior inimigo do cristianismo é forçado a reconhecer isto:
“Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).
“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21-22).
A fundação da Cruz Vermelha tem sua origem no pensamento e na ação de cristãos.
“Então, ajoelhando-se (Estêvão), clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu” (At 7.60).
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1 Tm 2.1).
“Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor” (Fp 4.5).
Todos esses textos bíblicos demonstram que Jesus Cristo, o fundamento de todo cristão convicto, detesta a violência e em lugar dela prega o amor – até mesmo o amor aos inimigos – que Ele mesmo viveu. Neste sentido a vida de Jesus Cristo é única no mundo, independentemente de que seja considerado revolucionário, profeta, insano ou Filho de Deus. Em resumo, nenhum “cristão” que propague ou use de violência é fundamentalista. Pois dessa forma ele se opõe completamente aos mandamentos de Deus e ao ensino de Jesus Cristo. Por exemplo, a luta entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte não foi uma guerra civil entre fundamentalistas cristãos, mas apenas um conflito em que a religião serviu como pretexto. O mesmo vale para a Guerra dos Trinta Anos: nem os católicos nem os protestantes podiam basear-se em seu fundamento – o Novo Testamento e os ensinos de Cristo – para justificar-se. As cruzadas medievais e a terrível Inquisição nunca foram obras de cristãos fundamentalistas, mas de fanáticos tomados por um ódio cego, que no fim das contas não passavam de bárbaros sem Deus em túnicas cristãs. Já um cristão fundamentalista deveria ser insuperável em sua verdadeira humildade e em suas atitudes pacíficas. Afinal, quem chega à fé em Jesus recebe o Espírito Santo (Ef 1.13), que permanece nele para sempre (Jo 14.16-17) e produz o seguinte fruto: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.22-26). Outra questão é se, individualmente, conseguimos realmente fazer justiça a esse altíssimo padrão. De qualquer forma, nesse contexto a designação “cristão fundamentalista” certamente deve ser considerada um grande elogio. Também aqui os frutos falam por si. Em grande parte é devido ao cristianismo que hoje sabemos ler e escrever. A fundação da Cruz Vermelha, por exemplo, tem sua origem no pensamento e na ação de cristãos. A maioria das instituições sociais e a construção de hospitais igualmente é algo que devemos ao cristianismo.
Um exemplo de ação cristã que fala por si:
Pais de meninas decapitadas perdoam os assassinos
As famílias de três alunas cristãs decapitadas na Indonésia perdoaram os assassinos. Um dos pais disse: “Eu lhes perdôo como Cristo me perdoou’. No dia 29 de outubro de 2005 as três meninas, de 15, 16 e 19 anos, foram assaltadas e decapitadas quando se dirigiam a uma escola cristã...”. (IdeaSpektrum)
Esses pais se comportaram como fundamentalistas bíblicos, pois do contrário não teriam conseguido agir dessa forma.
O Corão ordena de forma incontestável e clara o assassinato daqueles que não crêem.
O fundamentalista islâmico
O fundamento dos muçulmanos é o Corão. Também essa religião possui, além dessa escritura básica, outros escritos reconhecidos. Qualquer muçulmano sincero é completamente devotado a esses ensinos, especialmente ao Corão. Por isso, é importante conhecer as afirmações principais. René Marcus escreveu na revista Weltwoche:
O Corão ordena de forma incontestável e clara o assassinato daqueles que não crêem. E não apenas uma, mas várias vezes. Analisemos o texto de forma objetiva, do ponto de vista filológico. A raiz árabe qtl (“matar”) aparece – incluindo as derivações – 187 vezes no Corão, das quais 25 vezes na forma imperativa. (Para comparar: no Antigo Testamento hebraico, que nem sempre é um livro pacífico, a raiz correspondente a qtl aparece somente 14 vezes, e a raiz semítica relacionada rsh (“assassinar”) 46 vezes, mas nunca na forma de imperativo positivo – apenas de forma negativa, como proibição: “Não matarás”. – Nem todos os imperativos no Corão são ordens para que os seguidores matem os infiéis, mas ainda assim estas são maioria; e um mandamento também pode ser formulado por meio de formas gramaticais que não sejam necessariamente um imperativo. O mandamento de matar aparece na terceira raiz (sentido etimológico), que significa “matar um ao outro, combater, guerrear contra”, ou na segunda raiz, que significa “matança”; ou simplesmente na primeira raiz, com o significado básico “matar”. Seguem algumas amostras (no original, os textos são transcritos. Nota da redação): Sura 2.190s; 4.89; 8.39; 4.91; 9.4; 9.14; 9.29; 8.65; também 4.84; 2.216). Poderíamos prosseguir com muitas outras citações. Mas não há também afirmações diferentes no Corão? Hoje gosta-se de citar o verso 5.32, que diz: “Quem mata uma alma sem que (a vítima, por sua vez, tenha matado) uma alma ou cometido violência na terra, (é como) se tivesse matado toda a humanidade; e quem preservar a sua vida (é como) se tivesse preservado a vida de toda a humanidade”. Em outras palavras: quem mata uma alma, mata toda a humanidade. Realmente, esse é um verso sublime, digno de servir de lema para a ética humana em geral. Mas a alegria não dura muito, pois logo em seguida está escrito: “A paga daqueles que guerreiam contra Alá e seus enviados e espalham destruição na terra é que sejam esmagados ou crucificados ou que lhes sejam cortados as mãos e os pés opostos ou que sejam expulsos da terra” (5.33). (...)
As regras de humanidade se aplicam apenas àqueles que crêem. Para os infiéis vale: “Sejam malditos! Onde quer que sejam encontrados, devem ser agarrados e esmagados com grande violência” (33.61).
Para a sociedade muçulmana vale a mesma coisa que para o judaísmo e o cristianismo: “Pelos seus frutos os conhecereis”. Assim como houve e há judeus e cristãos que não seguem rigorosamente o fundamento bíblico e por isso reagem de forma radical, também há muçulmanos que não seguem totalmente o fundamento do Corão e, portanto, pensam e agem de forma razoavelmente humanista. Portanto, a conclusão é: um cristão fundamentalista, que leva os ensinamentos da Bíblia a sério e os segue, praticará o amor ao próximo. Já um muçulmano fundamentalista, totalmente dedicado aos ensinos do Corão, tende à violência.
Infelizmente, em grande parte é verdadeiro o seguinte dito: “Nem todo islâmico é terrorista, mas todo terrorista é islâmico”. Os países islâmicos fundamentalistas perseguem aqueles que seguem outra fé. Qualquer cristão que viajar para a Arábia Saudita terá sua Bíblia confiscada ao entrar no país. Usar um símbolo cristão é crime passível de punição. A sharia (a lei islâmica) é executada sem dó nem piedade. Há algum tempo, um muçulmano convertido a Cristo corria o risco de ser condenado à pena de morte no Afeganistão. Não há nada parecido em Israel ou nos países cristãos.
Resumo
Em todas as religiões há fundamentalistas e liberais. Vamos esclarecer isso mais uma vez por meio deste resumo:
O judeu: fundamento = Antigo Testamento.
Fundamentalista = pacífico, pois o Antigo Testamento prega amor e paz.
O cristão: fundamento = Novo Testamento (mais precisamente, a Bíblia inteira, o Antigo e o Novo Testamento).
Fundamentalista = pacífico, pois o Novo Testamento e os ensinos de Jesus Cristo convocam até mesmo ao amor pelos inimigos.
O muçulmano: fundamento = Corão.
Fundamentalista = radical e disposto à violência, pois o Corão não apenas a tolera, mas até mesmo a ordena.
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